Novas configurações do e-commerce impulsionam participação nas vendas totais do varejo

O comércio eletrônico está passando por mudanças significativas, com os índices de venda por canais digitais em queda. Segundo o relatório da NIQ Ebit, as vendas online tiveram uma redução de 7,3% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022, resultando em uma queda de R$ 9,4 bilhões no faturamento. No entanto, mesmo com essa queda, o comércio eletrônico está ganhando cada vez mais espaço nas vendas totais do setor varejista. Essas mudanças sinalizam uma nova era de interações e exigem que o varejo se adapte a essa realidade.

A era digital e o crescimento exponencial do e-commerce

O crescimento vertiginoso do comércio eletrônico nos últimos três anos é resultado direto das restrições impostas pela pandemia. As vendas online se tornaram a única forma de compra disponível, levando a um aumento significativo no volume de vendas. Comprar produtos como remédios, ingressos de cinema, mantimentos e aproveitar ofertas se tornou mais simples e conveniente. Além disso, os consumidores apreciaram a experiência de compra confortável e conveniente oferecida pelo comércio eletrônico.

Com a retomada gradual das atividades econômicas após a pandemia, era esperado que houvesse um crescimento menor no comércio eletrônico. No entanto, a queda nas vendas no primeiro semestre deste ano surpreendeu até mesmo os mais pessimistas. Apesar disso, a análise detalhada do estudo revelou informações importantes para o setor.

Março foi o pior mês para o comércio eletrônico, com uma queda de 11,9%. A partir de abril, houve uma recuperação gradual, mas espera-se que haja uma estagnação de agosto a outubro em comparação com o mesmo período do ano anterior. Embora o número de clientes que fazem transações online tenha aumentado, a quantidade de pedidos diminuiu, afetando os números do setor no primeiro semestre. Isso se deve em parte aos altos juros e à falta de clareza sobre a política fiscal, que impactam diretamente as decisões dos varejistas e o poder de compra dos consumidores.

O futuro do comércio eletrônico e as estratégias para se destacar

O comércio eletrônico no Brasil está em fase de amadurecimento. Empresas criativas e inovadoras têm a oportunidade de se destacar mesmo durante períodos de retração. A pandemia alterou os hábitos de consumo de forma permanente, e as expectativas são de que as vendas online continuem a crescer.

Para se consolidar no mercado, os varejistas devem basear suas estratégias em três pilares importantes: conveniência, comodidade e informação. Aqueles que não conseguirem atender a essas demandas ficarão para trás. A oferta de produtos diversificados, preços variados, entregas rápidas e informações relevantes serão fundamentais para atrair e fidelizar os clientes.

A tecnologia desempenhará um papel fundamental no futuro do comércio eletrônico. A hiperconexão entre os dispositivos e a inteligência artificial possibilitarão experiências de consumo cada vez mais personalizadas. Grandes empresas já estão investindo nessa área, como a Amazon com a Alexa e a Netflix com a Netflix Shop. No Brasil, grandes redes varejistas também podem aproveitar a oportunidade de se conectar diretamente com os consumidores/telespectadores das TVs de concessão pública.

No geral, o futuro do comércio eletrônico é promissor. As compras online continuarão a crescer, e as empresas precisarão se adaptar e oferecer variedade e personalização para acompanhar essa mudança. A tecnologia continuará impulsionando o setor, e modelos disruptivos de negócios terão espaço para crescer e se destacar. A era digital está apenas começando, e as possibilidades são infinitas.

Fonte: Mercado&Consumo

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