Shein e Coteminas: a parceria que não saiu do papel

Em 2023, a Shein e a Coteminas assinaram um memorando para produção de roupas em parceria, visando atender o mercado nacional e latino-americano. A ideia era que 2 mil clientes da Coteminas se tornassem fornecedores da gigante asiática de moda. Porém, apesar das intenções de nacionalizar a produção da Shein, a parceria não se concretizou.

As negociações que não avançaram

Segundo informações divulgadas pelo jornal “Valor Econômico”, as conversas para o avanço da parceria foram encerradas entre setembro e outubro do ano anterior. Executivos do setor têxtil afirmaram que a Shein modificou os termos do contrato, tornando as vendas inviáveis para a Coteminas e outros fornecedores.

Desafios e obstáculos

As mudanças propostas incluíam prazos de entrega mais curtos, custos adicionais para os fabricantes e preços competitivos para o consumidor final. Questões como lavagem e acabamento das peças também foram apontadas como obstáculos. Além disso, a necessidade de disponibilidade local para componentes como zíperes e botões acrescentava mais desafios aos envolvidos.

Recuperação judicial e novas perspectivas

Com uma dívida de R$ 1,1 bilhão, a Coteminas entrou com pedido de recuperação judicial. A empresa espera resolver questões internas e retomar a parceria com a Shein no futuro. Enquanto isso, a gigante chinesa de e-commerce ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Acordos e investimentos

No ano anterior, a promessa de nacionalizar vendas e investir no setor têxtil brasileiro foram anunciadas. Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas e da Fiesp, intermediou as negociações. Os planos incluíam geração de empregos e incentivos para o mercado interno.

Desafios financeiros

A Coteminas enfrenta desafios financeiros, com prejuízos e dívidas expressivas. A recuperação judicial envolve diversas instituições financeiras e é parte de um esforço para reestruturar as finanças do grupo e garantir sua continuidade no mercado.

Verified by MonsterInsights